Marcos Gonçalves | 19/07/2023 | 0 Comentários

CERVEJARIA BAMBERG – Votorantim/SP

Você já imaginou visitar uma cervejaria artesanal e provar alguns rótulos diretamente do tanque de maturação? Sim, isso é possível em alguns locais, na Capital, Grande São Paulo e no interior.

Hoje vamos falar sobre a visita monitorada à Cervejaria Bamberg, uma das principais fabricantes dos estilos alemães no Brasil e que coleciona prêmios nacionais e internacionais.

A Bamberg fica na cidade de Votorantim, extensão de Sorocaba, com diriam alguns, em tom jocoso. A 110 km de São Paulo, esta simpática cidade de 100 mil habitantes abriga uma construção cuja fachada se inspira nas típicas construções bávaras, nos transportando de imediato ao país que criou os mais diversos estilos de cervejas conhecidos por boa parte dos bebedores das artesanais.

O passeio nesse “pedacinho da Alemanha” é lúdico, instrutivo e saboroso, geralmente conduzido pelo proprietário Alexandre Bazzo, fundador da cervejaria em dezembro de 2005. Bazzo, com seu sotaque indefectível, é um seguidor fiel da Lei de Pureza Alemã (a Reinheitsgebot), promulgada pelo Duque da Baviera em 1516 e que, dentre outras determinações, definia os ingredientes que poderiam ser utilizados na produção de cerveja: água, malte de cevada e lúpulo (nesta época, a levedura era uma ilustre desconhecida).

Para começar, os visitantes são levados até um deck bem aconchegante, onde assistem a uma pequena aula sobre a cidade de Bamberg, que inspirou o nome da cervejaria. E, na sequência, uma explanação sobre os ingredientes básicos de produção, conhecendo alguns tipos de maltes e lúpulos, bem como os principais estilos da Escola Alemã, como German Pilsen, Munich Helles (clara), Munich Dunkel (escura), Schwarzbier (cerveja preta), Rauchbier (cerveja defumada), entre outros.

Na sequência, o beer tour segue pelo “chão de fábrica”, no entorno do que chamamos de cozinha cervejeira – ou seja, as tinas de fervura, nas quais o malte é fervido, fase da mostura, circulação para clareamento do líquido, adição dos lúpulos de amargor e, posteriormente, os de aroma. É, na prática, onde o cervejeiro se diverte, pondo em prática suas criações.

Seguimos adiante pelos setores onde a bebida passa pelo resfriamento, pela adição da levedura e pela maturação, até o envase final, que pode ser no barril ou na garrafa.

É aí que acontece a melhor parte do passeio, onde todos provam algumas cervejas diretamente do tanque de maturação, fresquíssima, ainda sem qualquer interferência do transporte, da agitação ou mesmo da luz. É uma oportunidade única para entendermos o verdadeiro conceito de “beber na fonte“.

Ao final do circuito, é inevitável – e agradável – a passagem pela “lojinha”, que disponibiliza presentes como abridores, copos, bonés, camisetas e, obviamente, boas cervejas. De lá, tenho algumas comigo agora, ajudando na saudade e na produção desse texto. Saúde para vocês!

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