Pedro Schiavon | 08/08/2023 | 0 Comentários

DUBLIN

Os dublinenses é que são felizes. Se, há um século atrás, o escritor James Joyce já se questionava se seria possível atravessar a capital irlandesa sem passar em frente a um pub, imagine hoje! E imagine então na semana do dia de St. Patrick, o padroeiro da Irlanda!

Exatamente por isso, este é o tema desta segunda “matéria casada” do Lugarzinho com o Cafeína Literária. Cá, falaremos do Dublin, charmoso pub da Vila Olímpia. Lá, Cristine e Douglas falam sobre Dublinenses, obra clássica de Joyce.

O Dublin é um pub com jeitão de balada. Rústico, aconchegante, com paredes de tijolos e madeira escura, foi inaugurado em 2002 com decoração caprichada, bonita e divertida, até mesmo dentro dos banheiros.

Sempre cheio, o bar tem algumas curiosidades, como máquinas de fliperama, funcionários que falam vários idiomas e muita música para não deixar ninguém parado.

A grande atração da casa é seu peculiar palco, instalado atrás do bar, numa altura um pouquinho acima dele, que faz com que o balcão – um lugar originalmente já perfeito – se torne também uma espécie de “fila do gargarejo”.

Por este palco tão diferente passam diariamente bandas de primeira linha, já bem conhecidas na noite paulistana, como The Jungle, Bela Cruela e Junkie Box – todas elas, é claro, voltadas totalmente para o rock, estilo tão diretamente ligado à alma irlandesa.

Como três dos cinco sócios originais da casa já foram barmen, não é surpresa que a casa ofereça, além de incontáveis tipos de cerveja e chopp, uma caprichada lista de drinques como o Irish Shot, feito com whisky Jameson, khalua e Bailey’s, o Cranberries, que leva a própria fruta, licor de melão e absinto, ou o Black Submarine, feito com Jack Daniels e cerveja Guiness.

Os pratos da casa apresentam uma mistura de culinária irlandesa com tudo o que costumamos encontrar por aí, como sanduíches, bolinhos batatas e afins.

No entanto, a estrela do cardápio (com toda a justiça, diga-se) é o Fricassé de Picanha Guiness, uma picanha cortada em cubinhos acompanhada de bacon, mandioca, purê de abóbora e um intraduzível molho feito com cerveja Guiness.

No Dublin, a festa de St. Patrick é regada a baldes e baldes do tradicional chopp verde, feito especialmente em homenagem ao santo responsável pela evangelização dos irlandeses e que adotou o famoso trevo de três folhas como um símbolo do país e da Santíssima Trindade.

Seja como for, o que o povo quer saber mesmo – seja no Brasil, na Argentina ou na Irlanda – é de comemorar.

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