LAERT SARRUMOR
As boas dicas do fundador do Língua de Trapo
Bem, vamos lá…
Nasci “acidentalmente” em Mogi das Cruzes, onde nunca morei, e já residi em várias cidades como Sorocaba, Rio de Janeiro, Santos e, atualmente, em São Vicente, desde outubro do ano passado.
Mas a maior parte da minha vida passei em São Paulo, capital, onde estudei no Colégio Arquidiocesano e na Faculdade Cásper Líbero, onde nasceu minha filha Ligia e, claro, onde surgiu o Língua de Trapo, uma banda absurdamente paulistana.
E puxando a sardinha pro meu lado, vou destacar como meu “cantinho” a Praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Ali, no número 1090 da Rua Teodoro Sampaio, de fronte para a praça, existiu o Teatro Lira Paulistana, onde se apresentaram o Língua de Trapo e a maioria dos artistas da chamada “Vanguarda Paulista”, como Itamar Assumpção, grupos Rumo e Premê, e muitos outros.
Além do Lira, nós chegamos a tocar na própria praça, ao ar livre, no aniversário de São Paulo, nos anos 80 e na comemoração dos 30 anos do Lira, em 2009.
Num sobradinho da praça ficava a sede do Lira, onde funcionavam a editora, a gravadora e a lojinha do teatro. Quase em frente, Fernando Meireles e alguns amigos fundaram a produtora “Olhar Eletrônico”, que depois se transformou na poderosa “O2”. Tinha também a casa do grupo Rumo, onde eles ensaiavam e a sede do PT, onde rolavam altas festas.
Atualmente tem a feirinha, aos sábados, tem o Consulado Mineiro e o Espaço Cultural Alberico Rodrigues, continuando a tradição de efervescência cultural da charmosa praça.