CAVERNA DE SANTANA (Iporanga/SP)
Segunda maior caverna do estado de São Paulo, perdendo em tamanho somente para a Caverna do Diabo, a Caverna de Santana é, certamente, a mais visitada, devido ao fácil acesso e à grande quantidade de atrações em seu interior.
A 17 km de Iporanga, na direção de Apiaí, ela é uma das principais atrações do Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira (PETAR), que engloba um fantástico complexo de mais de 200 cavernas.
A caverna tem, segundo a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), 5.040 metros de profundidade, dos quais somente 800 metros podem ser visitados, e sempre com a ajuda de um guia – que ajuda muito, mostrando detalhes que passariam despercebidos sem o seu apoio. Ele mostra, entre outras coisas, que a caverna possui bem mais do que os famosos estalactites e estalagmites. Há ali também as cortinas, as colunas, os travertinos, as velas, os helictites, os chãos de estrelas, as patas de elefante e muito mais.
Após uma fácil caminhada de uns 5 minutos, chega-se ao percurso interno da caverna, que dura de uma hora e meia a duas horas. Tempos atrás, a entrada da caverna foi dinamitada, pois sua passagem era muito estreita. Foram também implantadas passarelas e escadas para facilitar a visitação seguindo o roteiro montado para a caverna.
As passarelas seguem a galeria do rio Roncador pela parte inferior da caverna, que logo no início apresenta a formação conhecida como “O Cavalo”, cuja formação e cor das rochas lembram o pescoço e a cabeça do animal, seguido pela “Asa de Anjo” e pela “Cabeça de Macaco”.
A sequência é pela galeria do rio Verde, onde temos o “Peru”, o “Bolo de Noiva” e a “Torre de Piza”, além de grandes formações de estalactites, estalagmites, colunas de calcita e espeleotemas batizadas de “Bacon”.É no final desta galeria que encontramos o “Salão dos Segredos”e a imagem do “Cristo”, recortes famosos por sua beleza. A galeria termina em uma estreita pontezinha que atravessa uma fenda de 20 metros de altura sobre o rio Roncador, que leva à parte da caverna utilizado como o caminho de volta.
Esta volta inicia-se pelo antigo sifão de águas, que também foi dinamitado para ampliar a passagem, já que era intransponível sem equipamento de mergulho. É no início deste caminho que encontramos duas atrações bem conhecidas: a “Pata de Elefante” e a “Cascata de Brilhantes”, até concluirmos o caminho pela subida de volta para a galeria do rio Verde.
Cabe lembrar aos visitantes que, mesmo sendo considerada de fácil acesso, trata-se de uma caverna e, portanto, é preciso algumas providências anteriores.
- Junte o máximo de informações possíveis sobre o local para levar na mochila tudo que for necessário e somente o que for necessário. Assim você não sentirá falta de algo de que irá precisar nem levará peso desnecessário.
- Use botas apropriadas. Se não tiver, use um tênis resistente e confortável.
- Não há luz numa caverna. Tudo é escuro. O ideal é que cada visitante leve uma luz no capacete e uma lanterna. No caso de fotografias, dê preferência a câmeras com flashes mais poderosos.
- Avise familiares, a administração dos parques ou pessoas que conheçam a região de destino. Se algo der errado, esta poderá ser a única chance de retorno.
- Espeleologia é uma atividade coletiva. Além dos itens pessoais da mochila, você deverá compartilhar objetos úteis para todos, como GPS, facão e cordas .
- Coloque na mochila: água, comida, capacete, lanterna, camiseta extra, agasalho, capa de chuva, isqueiro, canivete e apito. Lembre-se, imprevistos acontecem. Coisas como uma chuva forte ou um acidente podem alongar o passeio.