ROTA FREI GALVÃO 3 – ESPERANÇA

A Rota Esperança, 3ª etapa da Rota Franciscana Frei Galvão, é uma parte muito especial do caminho, já que só tem três trechos e as três cidades que antecedem Guará concentram ótimas atrações turísticas: São Luiz do Paraitinga, Lagoinha e Cunha.

São Luiz do Paraitinga foi fundada por bandeirantes no século XVIII. Seu centro histórico, composto por grandes sobrados, foi declarado patrimônio cultural nacional pelo IPHAN, mas quase foi totalmente destruído pela enchente do início de 2010. Na ocasião, várias construções desabaram, incluindo a Igreja Matriz São Luís de Tolosa, construída no século XVII e que foi reconstruída e reinaugurada em 2015.

A cidade é ainda famosa pelo rafting e por seu carnaval de marchinhas, que recebe milhares de turistas que seguem o embalo dos blocos Juca Teles, Maricota e outros. Há, no centro, vários restaurantes com comida bem caseira, como o Cantinho dos Amigos (Rua Cel. Domingues de Castro, 121. Tel (12) 3671-1466), onde dá para se preparar para a partida curtindo pratos típicos como o filet no arado e o afogado.

1º Trecho

Deixando para trás as belas casinhas coloridas de São Luiz, a Rota degue por uma estreita estrada de terra que acompanha o rio Paraitinga. São quase 26 km de um passeio bem agradável a arborizado até Lagoinha, onde aparada obrigatória é na Cachoeira Grande, uma das mais deliciosas do estado e com ótima infraestrutura para um mais que merecido descanso.

2º Trecho

De corpo e alma lavada, é hora de seguir para a charmosa e acolhedora Cunha, estância famosa pela cerâmica. O trecho é puxado, com 40 km de estrada, cercado de fazendas.

Quem tiver disposição e pernas – e principalmente se for ficar mais tempo na cidade – pode aproveitar para conhecer cachoeiras como a do Desterro e a do Pimenta, ou ainda encarar a subida da Pedra da Macela, aventura recompensada pela belíssima visão do mar e das cidades de Parati, Ilha Grande e Angra dos Reis. Outra boa recompensa pode estar na volta da Pedra, mais precisamente na cervejaria Wolkenburg, onde uns bons goles de cerveja artesanal podem trazer de volta o entusiasmo com o caminho.

Não deixe de visitar os ateliers de cerâmica, é claro. Vale conhecer as peças de grandes ceramistas como Mieko, Cidraes, Carvalho, Marcelo Tokai, Luciano Almeida, Grouze, Suenaga, Jardineiro, Gaia, Flávia Santoro e muitos outros.

E vale atacar a boa comida da cidade, principalmente em lugares acolhedores como o Antigo Caminho do Ouro, o Celeiro Pouso e Rango e a Dona Felicidade. Dá um pouquinho de preguiça de ir embora, mas traz toda a energia e força de volta.

3º Trecho

O terceiro e último trecho é puxado. De Cunha até a Catedral de Santo Antonio, no centro de Guaratinguetá, são 51 km pela estrada principal, com movimento de carros e pouco acostamento, mas com boas opções de parada. Uma delas é a capela de Santo Expedito, “o santo das causas urgentes”, que fica bem na metade do caminho e pouco antes de descer a serra até Guaratinguetá. Dali para a frente o negócio é se concentrar e seguir firme até o final, talvez até já pensando em uma próxima aventura: a Rota Equilíbrio.

Por Karina Del Monte Schiavon

Posts Relacionados

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado.